sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Colecionador de rolhas

Conheço uma pessoa que guarda toda rolha dos vinhos que bebe. Eu gosto de guardar as rolhas de meus espumantes e vinhos também. Não para recordar da ocasião mas para, com o tempo, entender o que me leva a bebe los. Quando abro um vinho ou espumante gosto de saber que não foi em vão, é pessoalmente ritualisto para mim o valor da ocasião. Desperdiçar a bebida não é deixar a garrafa cheia e não tornar o momento verdadeiramente especial na plenitude de seu potencial.

Este é apenas um pensamento que me ocorreu...

Disruptura Cultural e Cegueira Cultural.

Hoje li uma frase deliciosamente engraçada, dizia o seguinte...

"Conhecimento é saber que um tomate é uma fruta, sabedoria é não utiliza-lo numa salada de frutas..."

Acredito que a simplicidade destas palavras me remetem a pensar numa questão bem fundamental, as vezes nós nos distânciamos do bom senso. Não é necessário ir muito longe para se entender o que é ou não sábio, mas existem questões que por mais simples que são poderiam ser facilmente resolvidas pelo simples exercício do bom senso.

Quanto mais sou pai mais gosto de observar o julgamento do meu filho. Ele é o mais puro exemplo de uma tabua rasa regida apenas pelo, arrisco dizer, mais institivo dos bons sensos. Mas o que nos leva a complicar nossa visão do mundo se nascemos tão simples. Tenho em minha formação academica um lado antropologo e filosofico muito forte, lado reforçado tambem pela minha formação humana que baseou-se na admiração em alguns modelos e a negação de outros, o que é normal, mas no meu caso o negado sempre foi o que eu considerava comum e o admirado o exotivo e inexplicado. Um exemplo simples é a religião, é comum. Pelo menos 2 bilhões de pessoas acreditam na mesma coisa, logo um ótimo motivo para eu não acreditar, ou pelo menos, olhar as coisas de um modo diferente, filtrar, repensar, desenvolver uma auto-crítica pessoal, questionar para mim mesmo e deixar interrogações lá, sem pretenção de achar respostas, deixar que o tempo responda. Mas aonde quero chegar é que esta minha formação me remete a pensar em como alguns elementos culturais tendem a tecer uma visão complexa e distorcida das coisas. É como se a tabua rasa de meu filho pudesse de alguma forma, mediante a uma imersão cultural, proclamar uma maneira inteiramente nova de encarar o mundo, maneira tal que não necessariamente fosse melhor que sua forma infante de reconhecer o que ocorre em sua volta. Ou seja, somos invariavelmente cegados por uma força que nos rodeia, antes mesmo que tivessemos condiçõe de compreender livremente o mundo a nossa própria maneira. Seria a cultura então uma teia que nos distancia da verdade?

Se sabedoria esta ligado a vivencia e vivencia invariavelmente significa se subjulgar a teia cultural que nos antecede como podemos julgar algo sábio? Seria o tomate um excelente componente de uma salada de frutas que foi massivamente condenado a solitária salada devido a uma conciencia coletiva que é invariavelmente reconhecida como sábia? Os grilhões culturais que nos distanciam da verdade tambem nos distanciam da felicidade, da verdadeira contemplação de um mundo de significado claro. O resultado disso é a complicação, coisas que deveriam ser simples são elevadas a um debate insano, pessoas se machucam, se magoam, se matam, explodem, etc... tudo porque chegaram a um ponto que colocam inexplicáveis fábulas culturais a frente da própria razão.


Tenho certeza que meu filho comeria sua salada de frutas com tomate... seria muito feliz... e continuaria sendo uma salada de frutas.

Existe um professor da universidade de Harvard que coleciona publicaçõe sobre um tema muito interessante, chama-se ações disruptoras, seja tecnologicas, seja de inovação, pode ser desde criar um produto inteiramente novo e disruptor como o computador pessoal num mundo onde isso parecia ser impossível, quanto inventar uma forma inteiramente nova, impesável e improvavel de se fazer algo, e por mais que simples que isso possa ser resolverá um grande problema e reconfigurará a forma de se fazer as coisas. Clayton M. Christensen é o pai deste conceito e acredito que deveriamos pensar nele também pontualmente aplicado a cultura. Não quero parecer neste ponto iconoclasta, mas acredito que as vezes temos que superar as amarras do que é tecido culturalmente em nossas mentes com o objetivo de observar maneiras novas de viver e valorar. Ser disruptor culturalmente não significa minar a socidade, ao contrário disso significa agir em pró de novas ideias, novas maneiras de ser e pensar que estejam alinhadas com uma vida feliz. Felicidade pessoal, conjugal e social deve ser o pilar desta força. O ser Humano deve estar no centro de tudo, independente da cultura. Portanto, qualquer ação que rompa de maneira bruca, inovadora e positiva os grilhões culturais deve ser considerada disruptora e deve criar inovação e mudança. Por que inovação? Pelo simples fato de promorcionar um nova maneira de ver o mundo.

Por fim eu não sei o que mais dizer sobre isso. É uma ideia vindoura de uma triste noite de insonia... precisa ser trabalhada mais sintetizada, Vou pensar nela no contexto de mudança organizacional e inovação, algo como, "Como causar disruptura cultural no individuo afim de alavancar inovação na organização" ... sei o quanto é arriscado estas ideias... mas... ousar é ser disruptor.





sexta-feira, 19 de junho de 2009

WAS 7.0 para Desenvolvedores

A IBM esta disponibilizando o WebSphere Application Server V 7.0 para download em ambiente de desenvolvimento. Esta importânte iniciativa tem como objetivo promover a plataforma Websphere entre os desenvolvedores. Além do servidor em si ainda é possível fazer download do Feature Pack SCA, isso mesmo! Agora seu servidor de aplicação embarcará uma runtime SCA possibilitando que você desenvolva aplicações orientadas a serviço de maneira simples e rápida permitindo um ciclo de amadurecimento menor na evolução para uma arquitetura corporativa e de ampla abrangencia dentro da sua organização.

WAS 7.0 no charge for developers!!

Google Code Playground

Ok, podem dizer por ai que isso é notícia antiga... tenho certeza que sim, contudo estou velho demais para estar sempre 100% atualizado com as novidades da rede... mas enquanto aguardava o tempo passar no lobby do meu hotel, observando a praia de copacabana, decidi entrar no google code para procurar coisa nova. Eu sempre detestei javascript. E digo isso assumidamente. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que eu não faço questão nenhuma de aprender isso, e mais ainda detesto CSS... Mas o google me surpreendeu, descobri o Google Code Playground, definitivamente é muito simples testar e colocar coisas práticas para funcionar em pouco tempo. Toda a API (pelo pelo menos a maioria dela) do google esta a sua disposição com um único click. Se até para velhos chatos como eu o negocio agradou imagina para você que já esta acostumado a programar pagininhas por ai...

Aguardo apenas uma feature de auto-complete... é um saco ficar olhando a documentação para saber quais são os atributos dos objetos da API.

domingo, 12 de abril de 2009

O problema do Molho Carbonara

Minha querida namorada eh apaixonada por pasta, enquanto que eu sou apaixonado por cozinhar pasta. A combinacao eh perfeita, sem duvidas gastronomicamente somos um casal perfeito, contudo meu exagerado senso cultural me levou a querer enfrentar um curioso desafio nas proximas semanas... Tudo comecou com a ideia... vou fazer um rigatoni alla carbonara, ok parece uma ideia simples, uma caixa de rigatoni, um pouco de parmesao, ovos, bacon, etc... Mas nada disso... primeiro o carbonara original nao leva parmesao ao contrario disso leva Picorino Romano, um queijo parecido com o Parmesao mas com o sabor mais forte e feito com leite de ovelha. E, nao bastando, nao leva bacon leva guanciale, digamos que grosseiramente falando eh um bacon curtido com pimentas e algumas ervas... mas em fim... vou aceitar o desafio de fazer guanciale em minha casa... curtir aqui mesmo a peca e preparar este Carbonara em algumas semanas... Tudo para defender a receita original e poder dizer um dia eu fiz um Carbonara de verdade!!! Para aqueles que desejarem fazer o mesmo e trocar experiencias segue a receita...

http://www.themorningnews.org/archives/how_to/the_art_of_the_cure.php

sábado, 11 de abril de 2009

Alguns planos...

Quem me conhece pessoalmente sabe que a minha resposta para a velha pergunta "praia ou montanha?" eh sempre montanha. Eu amo montanhas, adoro o frio, adoro poder me aquecer e adoro coisas que me fazem aquecer. Cresci ao lado de Campos do Jordao, sem duvidas tendo este meu gosto especial por montanhas sou um previlegiado. Atualmente moro em Brasilia, uma regiao plana, sem sequer um morrinho, o que eh um tanto quanto triste para mim. Recentemente recebi uma recomendacao muito especial de uma pousada, curiosamente descobri que dois amigos, detentores de um excelente bom gosto, foram recentemente para la. A pousada tem tudo que eu gosto, tranquilidade, montanhas, natureza e um eh incrivelmente charmosa e com um roteiro gastronomico bastante tentador. Vou colocar algumas das imagens para que eu possa ilustrar melhor...






Em uma semana talvez eu passe em Ouro Preto (onde ela esta localizada) e, infelizmente, apenas faca uma mera visita para conhece-la pessoalmente. Estou namorando esta pousada a algum tempo me encanta a regiao, sao aproximadamente 1.500 mts de altura, o que garante uma excelente paisagem e noites bem frias, para falar a verdade vou ate o proximo final de semana trabalhar argumentos na minha cabeca tentando me convencer a nao passar pelo menos uma noite por la.

Meu plano para este final de semana era viajar para o Vale do Paraiba, ir para casa da minha mae, e depois voltar de carro para Brasilia. Uma pena, 2 horas antes de embarcar um imprevisto impediu que minha viagem ocorresse. Por fim estou aqui numa pacata noite de sabado deitado em minha cama escrevendo enquanto escuto Edith Piaff. Estou bastante desanimado para fazer alguma coisa hoje a noite ainda... talvez eu veja um filme, ou termine uns dos varios livros que parei no ultimo capitulo (nao sei pq eu parei!)... O fato eh que existe algo me desanimando e deixando triste e nao sei exatamente o que eh... Talvez nao estar hoje sentado no Blues Brasil ouvindo um Jazz/Blues... ou porque eu sei que na proxima semana nao estarei naquela charmosa pousada, mas em fim, vou colocar minhas musicas do Miles Davis para tocar... abrir uma garrafa de vinho... e ouvir.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Habibti

O que significa Habibti?

Bom, recentemente vi um filme muito bonito chamado O Visitante, ve-lo me aproximou de algumas elementos culturais da musica africana que nunca havia dado devida atencao. O Afrobeat eh sem duvidas um estilo que me arrependo nao te-lo conhecido antes, mas viver eh assim, agente cresce e enriquece. Vou agora iniciar um trabalho de pesquisa acerca este estilo, musicos, influencias modernas, etc... me parece algo que de fato vale a pena, ate mesmo porque este emerge como uma forca cultural na contra-mao da macdonalizacao musical promovida pela globalizacao. Algo que sempre defendi eh que a globalizacao eh a grande amiga das culturas regionais, paradoxal, sim eu sei, mas eh verdade. Gracas a projecao das identidades globalizadas sobre nos eh que pudemos ficar confusos o suficiente para nos agarrar a nossas identidades locais, exalta-las e projeta-las na aldeia global.

Mas o que significa Habibti? Bom para quem viu o filme sabe, as cenas mais bonitas do filme sao acompanhadas desta exotica palavra. Logicamente exotica eh um adjetivo usado por um ser ocidental, como eu, desprovido da bela e rica cultura arabe. Habibti significa amada, eh um adjetivo utilizado para referenciar aquela mulher do qual sentimos profundo afeto... o filme nos frusta deliciosamente por constantes paixoes nao-realizadas devido as intangiveis barreiras deste nosso mundo dito conectado e globalizado, mas ao mesmo tempo xenofobo e intolerante.

Para quem ficou curioso a respeito do que significa esta palavra nao precisa ser nenhum jornalista para descobrir, basta procurar no google, ate meu blog diz o que eh!

Para quem um dia ja foi chamada de Habibti, fique feliz... Alguem gosta muito de voce.

OBS: Este post utiliza as novas regras da lingua portuguesa na versao do Deivson e seu teclado desprovido de acentos, por sorte tenho leitores suficientemente inteligentes para mesmo assim compreender o meu texto =D

domingo, 22 de março de 2009

Segunda leitura de Carlos Garaicoa

Este final de semana fiz uma segunda leitura da exposição do Carlos Garaicoa. Não fora planejada, meu objetivo era ver um filme da mostra da diretora Chantal Akerman, infelizmente os filmes seriam exibidos apenas apos as 18:00 horas. Minha segunda opção era ver a instalação Galeria das Almas do Eder Santos, mas devido a uma desventura constrangedora e ao mesmo tempo engraçada fiquei impedido de ver esta exposição, então, por fim, fui ver novamente o Garaicoa. Bom devo dizer que a segunda leitura foi encantadora, o almoço ótimo e o CCBB como todo estava perfeito. Não vou prolongar muito este post, so queria a oportunidade de deixar registrado que a segunda vez que você ve Garaico pode ser muito melhor que a primeira... Pode ajudar até a curar uma fobia... no meu caso aracnofobia.

terça-feira, 17 de março de 2009

Um record pessoal

Recentemente uma pessoa muito querida disse que um dos meus posts é uma gracinha. O elogio foi muito bem vindo, principalmente no momento atual onde eu concluo o mês de Março como o mês que mais escrevi neste blog !!! Também devo dizer que ela ficou morrendo de vontade de fazer algumas edições... justas edições devo dizer, mas que posso fazer eu, uma jornalista lendo textos corridos de um mero e humilde profissional da área de tecnologia =D. Mas estou muito feliz com a evolução deste blog, e ainda devo concluir dizendo que pelos dados do google analyzer, acho que é esse o nome, o mês de Março bateu o record, também, do maior número de acessos (Não vou divulgar o número para não queimar a cara... hUahuahAUhUAhUA) ! Bom, por fim, estas são as grandes novidades do blog...

domingo, 15 de março de 2009

O melhor Mojito e Margarita...


O Mojito e a Margarita são bebidas que tipicamente são associadas com a cultura cubana. Quem me conhece sabe o quanto sou admirador de muitos dos simbolos culturais cubanos. Não sou comunista, e gostar de Cuba não se simplifica em gostar ou não da ideologia política Cubana,(ou ao menos simbolizada por Cuba) mas ao contrário disso, gostar de como a força e o vigor cultural e humano cubano se exalta frente a tamanhas adversidades. Mas em fim não estou aqui para falar da cultura de uma visão tão generica, vamos tratar de alguns pontos que eu aqui gosto.

Bom, comecemos então pelo Mojito, segundo a Wikipedia, o Mojito é de fato um drink Cubano e teria uma das suas mais provaveis origens no drink do sec. XVI El Drako, feito em homenagem a Sr. Francis Drake, no entanto levava tafia, o antepassado do rum. Existem outras possíveis origens e explicações etimologicas que poderão ser encontradas na Wikipedia.

A Margarita por sua vez pode ser dizer que é praticamente uma bebida texana, existem algumas prováveis origens da margarita citadas na Wikipedia. Não é uma bebida tão antiga quanto o Mojito, possívelmente teve suas origens entre 1940 a 1960, mas é igualmente um delicioso drink.

Recentemente fiz uma promessa a uma pessoa que a levaria ela para tomar o melhor Mojito e Margarita que ja tomei em minha vida. Gostaria de dizer que este fora em Cuba, contudo minha viagem para Cuba ainda demorará alguns anos. A minha amiga Silva dissera certa vez que o melhor Mojito que tomou foi num boteco nas ruas de Havana, ela
se recorda até hoje o nome do local. Espero que este esteja me aguardando... Mas voltando a minha limitada visão de "O Melhor Mojito e Margarida do Mundo", eu diria que a minha esta em Santa Cruz de La Sierra num tradicional restaurante Cubano ao lado da linda Basilica Menor de San Lorenzo (Foto ao lado) na praça 24 de Setembro. Certamente minha recomendação não limita-se a apenas as bebidas citadas, como já dito em post anterior, a paella cubana é mandatório para quem deseja passar por este restaurante. Minhas promessas não são palavras ditas ao vento, se as fiz é porque uma hora ou outra irei cumpri-las, e além disso uma boa passada por Santa Cruz ainda é oportunidade perfeita de se comer uma Arepa, uma Salteña, ou melhor ainda um Cuñape! A versão Boliviana do Pão de Queijo. Vou aproveitar inclusive é deixar aqui a receita do Cuñape. Quem eu prometi levar para tomar a melhor Margarita do mundo afirma, e eu não duvido, que é especialista na tradicional arte de se fazer pão de queijo. Sendo eu mineiro, de família tradicional e respeitada =), de ambos lados da família (pai e mãe), membro do clã dos Teixeira, Pires, Carneiro e Costa, sei muito bem o que significa saber fazer um tradicional pão de queijo. Portanto fica aqui uma receita nova para enriquecer culturalmente os pães de queijo que ela prometeu fazer para mim (primeiro eu quero o tradicional, depois arriscamos o Cuñape por curiosidade).


Cuñapes

Ingredientes:

1 1/2 kilos queso fresco de vaca
1/2 kilo almidón de yuca
1 cucharada azúcar
3 cucharadas leche más o menos
sal al gusto (si el queso no fuera salado).

Preparación:

1.- Poner en una fuente el queso fresco, aplastar muy bien y agregar el almidón de yuca, azúcar y sal (si el queso no fuera salado) y finalmente la leche poco a poco hasta tener una masa suave, no seca.

2.- Sacar la masa de la fuente y sobre la mesa espolvoreada de almidón de yuca, amasar mucho hasta que no queden grumos.

3.- Hacer unas pequeñas bolitas. Hacer un pequeño hueco con el dedo índice en un lado de cada bolita y poner sobre una lata enharinada del lado que tiene el hueco.

4.- Hornear en horno fuerte (horno americano 419 grados Fahrenheit y horno europeo 217 grados centígrados) de veinte a veinticinco minutos, o hasta que los cuñapés estén dorados.





Minhas Pedras...

Na Isla Del Sol, ilha localizada dentro da porção boliviana do lago Titicaca, viajando pela trilha Yumani, talvez em um dos pontos mais altos da trilha, é possível observar ,num giro, o lago Titicaca em todas as direções. O lago é a coisa mais azul que se pode observar neste planeta, fotos não são suficientes para expressar a beleza azul e tão pouco conseguem expor com perfeição a pujança exercida pela belíssima cordilheira real que ergue-se no horizonte distante, mas perfeitamente visível para quem se aventura pela ilha. Bom, foi nesta ilha, e viajando pela referida trilha, que deixei minha pedra.

Vou deixar as coisas menos confusas para o caro leitor, na trilha de 11 km que corta toda a ilha, em certo ponto, encontraremos uma curiosa coleção de diversas dezenas de amontuados de pedras. Pedras depositadas sobre pedras equilibrando-se das mais ousadas maneiras possíveis. As pilhas formam todos os tipos de esculturas e desafiam o tempo e o vento. As pessoas não tocam, sequer se aproximam, exceto se for para depositar uma nova pedra ou iniciar uma pilha. Meu guia explicou que aquele lugar é abençoado, quando você deposita uma pedra ali liga seu destino àquela pedra e logo poderá ser ou não bem aventurado dependendo de que destino tenha sua pedra. Se a pilha cair, ops, alguma coisa ruim pode ocorrer. Se cair ANTES de você voltar do Titicaca algumas coisa MUITO RUIM pode ocorrer. Devo dizer que minha viagem de volta foi excelente, contudo, tenho impressão que entre dezembro e janeiro minha pedra deve ter certamente caido.

Eu me lembro onde a coloquei, fui bastante ousado, arrisquei-me a derrubar uma grande pilha e fatalizar de maneira consciente meu retorno ao custo de conseguir colocar numa ousada pilha, consegui! Nos últimos anos minhas decisões pessoais tem sido como a pedra que depositei na trilha Yumani, a própria viagem para o Titicaca foi ousada, planejada em 1 semana e tinha como objetivo chegar até o lago e voltar em menos de 10 dias, tudo tem sido desta maneira em minha vida, planejado rapidamente e tocado com coragem, sem muito ensaio, sem muito planejamento. Várias coisas deram certo, várias coisas deram errado. O saldo final acredito que seja positivo, acredito mesmo. Nas próximas semanas estaremos entrando no segundo bimestre do ano, pelos últimos eventos me parece que minha pedra estabilizou-se em um bom local, as perspectivas são boas, quanto minha abordagem ousada, acredito que ainda utilizarei ela por mais algum tempo.


Para quem quer dar uma olhada no que me refiro neste post segue alguns videos do lago Titicaca e da Isla del Sol.



Chegada a Isla del Sol:



Caminho pela Ilha

Um pouco de cultura cubana

No último sábado levei o Nícolas, meu filho de 5 anos, para ver a exposição do arquiteto cubano Carlos Garaicoa no CCBB Brasilia. O trabalho reflete uma perspectiva histórica social e política orientada pela visão da arquitetura urbanistica de Havana. Garaicoa nos mostra o processo de construção, reconstrução e destruição dos valores sociais, políticos e ideológicos da sociedade cubana utilizando como meio o processo evolutivo da cidade.

O artistas gosta de trabalhar com a fotografia sobrepondo imagens do passado a imagens do presente, gosta de nos remeter aos simbolos da ideologia comunista cubana manifestado na forma de ruinas contemporaneas. A ruina, um traço marcante de sua obra, a ruina como simbolo da transformação cubana sem entrar no mérito do julgamento deste processo de mudança, apenas mostrando a ruina como a transfiguração historica manifestada no coração da cidade. Uma obra com um significado bastante interessante é o jardim japones. Este jardim, construído com fragmentos de ruínas nos leva a pensar acerca o significado da construção, partindo do que um dia era uma ideia, um anseio, ou mero desejo, noutro areia, concreto e massa, depois o predio, vivo, e então ruina, fragmento, passado e história e, por fim, de novo areia.

Abaixo seguem algumas fotografias minhas da instalação "Novas arquiteturas ou uma rara insistência para entender a noite".

sexta-feira, 13 de março de 2009

Decisões Importantes...

Recentemente foi imundado com justos questionamentos acerca minhas recentes decisões profissionais. Este recente evento levou-me a observar o quão complexo é entender as decisões que orientam a evolução profissional de uma pessoa. No meu processo de desligamento estavam envolvidos experientes profissionais e poucos deles consideraram compreender o processo histórico que desencadeia a construção da pespectiva humana. Os principais problemas abordados por estes profissionais foram:

a) Possivel insatisfação com minha atividade;
b) Adaptação com a atividade e o cotidiano desta.
c) Proposta mais atrativa da empresa alvo da mudança.
d) Possível incapacidade da empresa atual de se adiantar aos anseios do recurso que esta saindo.

Sem dúvidas os itens acima são válidos para ser explorados, no entanto eu particularmente senti falta de uma exploração histórica, "porques" nao baseados no hoje ou no passado recente, mas questões que objetivam exclarecer como uma perspectiva (a que leva o profissionais a mudar de empresa) foi construida no decorrer do tempo. No meu caso específico inumeros símbolos construíram uma significancia que me conduziram a uma decisão, tais simbolos foram frutos de uma evolução que durou pelo menos 5 anos e reforçou-se de 2 anos para ca.

A atividade de retenção de um profissional deve-se focar também nos enventos que desenvolveram este simbolo. Claro que neste caso específico, o meu, trato de uma questão muito especial e, acredito eu, pouco comum, uma vez que minha decisão não era baseada na insatisfação recente, seja cultural, psico-social ou financeira, ou seja todos os fatores, fossem estes higienicos ou motivacionais (ver Herzberg) estavam adequadamente sendo bem atendidos.

Uma pesquisa rápida no google utilizando as palavras "retenção de profissionais" e "retenção de talentos" retornará inúmeros artigos e reportagens tratando do assunto, e em especial, na área de TI o tema é tratado com bastante preocupação. Eu, orientado pela minha recente experiência, diria que parte do problema que eu apresentei poderia, talvez, ser melhor tratado com uma política de head hunter interna, ou seja, os lideres seriam instruídos a observar os talentos potenciais de seus liderados, e assim envolve-los em atividades onde tais talentos tenha condições de se desenvolver, não me refiro a uma mudança de atividade, mas ao contrário disso um desafio que somaria a suas atividades regulares. Esta ideia é acompanhada da dimensão do envolvimento. Quando lidamos com pessoas o envolvimento é o combustível da mudança e da geração da motivação. Envolver gera envolvimento, é uma relação de troca. Certamente esta abordagem não explora a questão histórica da necessidade e perspectiva humana, mas neste ponto isto pode não ser importante. A observação do head hunter interno explorará pontos sutis da atividade, pontos que possívelmente são reflexos de valores e simbolos internos. Um exemplo disso é tentar entender o que é aquela coisa a mais que aquele profissional faz ao realizar a atividade que lhe é esperado realizar.

Bom, isto é uma mera observação empirica, pessoal e restrita minha acerca a questão de desenvolvimento profissional e retenção de talentos. Certamente a questão, na realidade, é muito mais complexa.

Suco de limão Siciliano

Vou começar este post dizendo que farei dois posts... estou inspirado e a noite ontem foi divertida.

Vou partir do meu recente problema com a limonada siciliana. Eu sou apaixonado por limões sicilianos, são lindos, charmosos e deliciosos!!! Recentemente meu amigo Arthur veio a Brasilia a trabalho. Adoro comida japonesa, portanto utilizei uma antiga recomendação da minha querida amiga Maira (que de comida entende muito bem) e levei meu amigo para jantar no Nippon. A comida estava ótima mas fiquei surpreso com o fato do Arthur pedir uma limonada de limões sicilianos, e existia ali! Ele de fato foi servido!

Eu fiquei observando, um tanto quanto derrotado tomando minha limonada de limões, digamos, normais... limões regulares e desinteressantes. Por algum motivo, talvez o choque, a surpresa, não sei, aquela noite eu não pedi aquela limonada. Hoje estou triste, frustado, EU QUERO AQUELA MALDITA LIMONADA EXOTICA! Enquanto eu não for lá serei um ser humano incompleto.


sábado, 7 de março de 2009

A garota do Copenhagem do Aeroporto de Congonhas

Eu não faço a menor idéia como ela se chama. Mas a verdade é que toda vez que passo por aquele aeroporto eu tomo um café aromatizado com macadamia por causa dela. Não, não me entendam equivocadamente, não é amor a primeira vista, ou uma paixão contida, nem nada deste tipo. Ela simplesmente é muito engraçada! Gente, que humor que aquela garota tem... hoje ela atendeu um mexicano, o senhor falava e falava com ela, e ela desenvolvia a "conversa" com ele se expressando como quem compreendia cada palavra. O senhor, em seguida, pediu um café. Ela prontamente serviu um capuccino, ele tomou, feliz, adorou o "café"... eu fiquei observando... aguardei o mexicano partir e perguntei, "oi, aquele senhor, o ele pediu foi café ou capuccino?" e ela sorridente e bastante confiante me respondeu, "sabe que eu não faço a menor ideia do que ele me pediu! Alias, sabe que eu nao faço a menor ideia do que ele estava falando o tempo todo! Mas parecia tao interessante q nao puder deixar de prestar a atencao...". Bom, ela fez o capuccino, o senhor gostou, saiu feliz, portanto saldo positivo, eu me divertir com a sinceridade dela e bom humor dela !

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

2008 Done!

Esta terminado o ano de 2008. Caraca, que ano! Milhares de coisas aconteceram e modestia a parte eu o fechei com chave de ouro. Desde o dia 18 de dezembro estou viajando quase que sem rumo, praticamente sem saber onde estaria no outro dia. Passei pelo litoral de Santa Catarina, Curitiba, litoral do Parana, subi a serra da graciosa pela sua incrivelmente linda estrada, fui para Sao Paulo, passei o final de semana num albergue na praça da arvore onde eu conheci um Sírio muito louco que me levou para conhecer algumas ótimas baladas da noite paulistana, em seguida encontrei umas velhas amigas e descemos sem planejamento algum para o litoral norte de sao paulo. O litoral norte é um lugar que eu nunca havia explorado como explorei atualmente. Passamos por Bertioga, Barra do Una, Maresias, varias praias que nao me recordo o nome, São Sebastião, Ilha Bela onde paramos e curtimos uma excelente balada num restaurante japones (que virava uma balada), depois Ubatuba, pegamos praias lindas e afastadas, bem isoladas mesmo. Depois Paraty, cidade apaixonante, onde eu conheci o som do Paulo Meyers um músico sem dúvidas incrível. No outro dia, Angra dos Reis, e suas pequenas e exoticas praias no corredor turistico, daquelas q vc pega uma trilha muito doida para chegar... e por fim... a terrível estrada Paraty Cunha passando pelo coração da serra da bocaina...

Em fim, passado é passado... 2008, DONE! Agora é hora de coisas novas, desafios novos, o que ficou de bom de 2008 ficou! Eu poderia listar aqui todas as pessoas que fizeram diferença na minha vida no ano de 2008, mas eu certamente poderia ser injusto, a melhor forma de indetifica-las é o fato de elas continuarem comigo, continuarem me apoiando e recebendo minha amizade e carinho! Obrigado meus amigos.

E minhas viagens loucas não param por aqui... proximo parada Caracas e o interior da Venezuela...